O imóvel localizado na Alameda Eduardo Prado, n.os 460 e 474, tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), é um dos símbolos que até hoje chamam a atenção de quem passa pelos Campos Elíseos, região central da capital paulista. Os tijolos de barro que compõem sua fachada e suas grandes janelas, com esquadrias de ferro e vidro, destoam do contexto urbano e pragmático dos edifícios da região.
O galpão não possui registros oficiais de sua construção, mas há indícios de que ele foi erguido no ano de 1913 para ser a Companhia Geral de Automóveis. Além disso, há registros de que abrigou dependências do magazine paulista “A Exposição Clipper”, na década de 1950.
O espaço também já recebeu uma arena de paintball, serviu de estúdio de filmagens e de palco de teatro, e até mesmo sediou o que teria sido a primeira festa “rave” do Brasil, a L&M Rave, em 1993. Mais recentemente, funcionou como depósito de peças de bicicletas e motos.
O projeto
O tempo, a falta de ações de conservação e manutenção e as alterações e adaptações realizadas na estrutura contribuíram com a degradação do imóvel. Agora, o trabalho de requalificação pretende viabilizar a instalação de um centro cultural aberto para a sociedade, que conte ainda com ações educativas promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) e por parceiros sociais e culturais da cidade e do campo.
O projeto de restauro e adaptação, executado pelo Instituto Pedra, prevê intervenções como a reconstrução do contraforte, a instalação de escadas, a recuperação do mezanino, a adaptação do espaço por critérios de acessibilidade, entre outras soluções.
Viabilização
Este projeto foi contratado de maneira privada pela Casa Brasileira de Pesquisa e Cooperação.