O imóvel localizado na Alameda Eduardo Prado, n.os 460 e 474, tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), é um dos símbolos que até hoje chamam a atenção de quem passa pelos Campos Elíseos, região central da capital paulista. Os tijolos de barro que compõem sua fachada e suas grandes janelas, com esquadrias de ferro e vidro, destoam do contexto urbano e pragmático dos edifícios da região.
![Fachada do galpão industrial da alameda Eduardo Prado Fachada do galpão industrial da alameda Eduardo Prado](https://i0.wp.com/institutopedra.org.br/wp-content/uploads/2023/08/Foto-Drone-Capa.jpg?resize=1024%2C898&ssl=1)
Fachada do galpão industrial da alameda Eduardo Prado
O galpão não possui registros oficiais de sua construção, mas há indícios de que ele já estava erguido no ano de 1918. Também não é definitiva a sequência de usos atribuídos ao imóvel, mas uma hipótese considerada é a de que tenha sido construído para servir de garagem para bondes da época. Além disso, há registros de que abrigou dependências do magazine paulista “A Exposição Clipper”, na década de 1950.
![Vista interna do galpão Vista interna do galpão](https://i0.wp.com/institutopedra.org.br/wp-content/uploads/2023/08/DSC4128-Copia.jpg?resize=1024%2C684&ssl=1)
Vista interna do galpão
O espaço também já recebeu uma arena de paintball, serviu de estúdio de filmagens e de palco de teatro, e até mesmo sediou o que teria sido a primeira festa “rave” do Brasil, a L&M Rave, em 1993. Mais recentemente, funcionou como depósito de peças de bicicletas e motos.
O projeto
O tempo, a falta de ações de conservação e manutenção e as alterações e adaptações realizadas na estrutura contribuíram com a degradação do imóvel. Agora, o trabalho de requalificação pretende viabilizar a instalação de um centro cultural aberto para a sociedade, que conte ainda com ações educativas promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) e por parceiros sociais e culturais da cidade e do campo.
O projeto de restauro e adaptação, executado pelo Instituto Pedra, prevê intervenções como a reconstrução do contraforte, a instalação de escadas, a recuperação do mezanino, a adaptação do espaço por critérios de acessibilidade, entre outras soluções.
![Imagem simbólica do projeto_Espaço Cultural Elza Soares](https://i0.wp.com/institutopedra.org.br/wp-content/uploads/2023/08/Galpao-do-MST-Processo_JPEG.png?resize=1024%2C571&ssl=1)
Imagem simbólica do projeto de restauro
Viabilização
Este projeto foi contratado de maneira privada pela Casa Brasileira de Pesquisa e Cooperação.