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Palacete da Rua Formosa e Museu do Azulejo

O restauro do Palacete da Rua Formosa e a posterior implantação do Museu do Azulejo são projetos culturais paralelos realizados pela Prefeitura Municipal de São Luís, por meio da Fumph – Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, que visam a criação de um novo equipamento cultural na cidade de São Luís (MA). Ambos são geridos pelo Instituto Pedra, viabilizados pela Lei de Incentivo à Cultura e patrocinados pelo Instituto Cultural Vale, sendo que o projeto do Palacete conta também com apoio do BNDES e parceria com o Iphan.

 

Palacete da Rua Formosa
Construído entre 1820 e 1829, o Palacete da Rua Formosa é um importante exemplar da arquitetura luso-brasileira. A edificação mantém parcialmente preservado seu sistema construtivo original, com as mesmas técnicas do período Pombalino, adotadas em Portugal após o terremoto que abalou Lisboa em 1755.

À esquerda, Palacete da Rua Formosa em 1954 (W. Mendonça/Acervo Iphan). À direita, imagens de 2023 (Albani Ramos/Acervo Instituto Pedra).

À esquerda, Palacete da Rua Formosa em 1954 (W. Mendonça/Acervo Iphan).
À direita, imagens de 2023 (Albani Ramos/Acervo Instituto Pedra).

 

Ao longo dos anos, o imóvel serviu de residência, comércio, colégio, hotel, companhia de gás, escritório de advocacia, clube de lazer, Tribunal de Justiça, tabelionato e sede de jornal. Em 1992, foi transferido à Prefeitura Municipal de São Luís.

O projeto cultural contempla a restauração da arquitetura do Palacete, integrando um movimento de recuperação do Centro Histórico de São Luís, Patrimônio Mundial reconhecido pela UNESCO em 1997. O restauro busca manter ao máximo os elementos originais da edificação.

Após a conclusão das obras civis, o palacete terá diferentes funções: o pavimento térreo contará com receptivo turístico, exposição permanente e espaço multiuso para realização de atividades culturais com programação gratuita. Os demais andares abrigarão as instalações do Museu do Azulejo. Também será reaberto o mirante com vista para o Centro Histórico da cidade. Acompanhe as atualizações sobre as obras no perfil do Palacete.

Estão previstos ainda, como parte das entregas do projeto, o desenvolvimento de um plano de capacitação para guias de turismo, a realização de visitas guiadas gratuitas para todos os públicos ao fim das obras e a criação de uma programação cultural.

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Museu do Azulejo
O Museu do Azulejo será o primeiro equipamento de São Luís dedicado a abordar a temática do azulejo, contemplando seu surgimento na antiguidade, sua evolução técnica, estética e de usos ao longo da história. A capital maranhense, também conhecida como a “cidade dos azulejos”, é a primeira cidade no mundo lusitano a usar azulejos para revestir fachadas inteiras de edificações, influenciando outros projetos no Brasil e em Portugal.

O novo Museu, que será instalado no Palacete da Rua Formosa, abrigará acervo diverso e reserva técnica, constituídos por peças de diferentes origens e períodos, além de objetos e documentos que contam a história da sua produção e os seus diferentes usos. Também está em fase de desenvolvimento uma pesquisa curatorial sobre a história do azulejo, que contribuirá para a definição das diretrizes museológicas do equipamento cultural, incluindo a criação do seu projeto expográfico.

A pesquisa incluiu a realização, em fevereiro de 2024, do primeiro encontro curatorial do Museu do Azulejo, que reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros para rodadas de debates em torno da criação do novo equipamento cultural. O evento durou três dias, sendo o último aberto para participação popular e transmitido ao vivo pelo YouTube.

 

Mesa-redonda “O lugar do azulejo é no museu?” – Encontro curatorial do Museu do Azulejo.

 

O projeto prevê ainda o desenvolvimento de um programa educativo com visitas monitoradas durante a fase de implantação do Museu, assim como a realização de seminários sobre a história do azulejo e aspectos técnicos relacionados à sua confecção. Neste sentido, poderão ser abordados temas como a origem de estilos e técnicas na azulejaria ao redor do mundo, o desenvolvimento da técnica em Portugal e introdução no Brasil, o desenvolvimento da azulejaria em São Luís, e a azulejaria moderna e contemporânea brasileira.

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