Palácio Itamaraty
Sede do Ministério das Relações Exteriores de 1899 até sua mudança para Brasília, em 1970, o Palácio Itamaraty, localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, foi construído entre 1851 e 1854 para ser residência de Francisco José da Rocha Filho, o Conde de Itamaraty, e adquirido pelo governo brasileiro em 1889 para ser a primeira sede do Poder Executivo Nacional, logo após a Proclamação da República, posto que ocupou até 1897. Com projeto de autoria contraditória, a conclusão da obra ficou a cargo do arquiteto José Maria Jacinto Rebelo. A construção apresenta características arquitetônicas neoclássicas de inspiração italiana, contando com um conjunto de pinturas murais e rico acervo de bens móveis, abrigando a sede do Museu Histórico e Diplomático do Ministério.
Museu Histórico e Diplomático, Mapoteca, Biblioteca e Arquivo Histórico
O complexo, localizado na Avenida Marechal Floriano é composto de quatro grandes blocos – o palácio, a biblioteca, o Edifício Novo e o Edifício das Cavalariças – organizados em torno de um pátio e um jardim interno. Além de seu valor histórico e arquitetônico, o local abriga vasto acervo museológico, incluindo itens artísticos, bibliográficos e documentais.
Um dos primeiros bens culturais tombados no país, em 1938, atualmente é sede do Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty e do Centro de História e Documentação Diplomática da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), além de Escritório de Representação do MRE no Rio de Janeiro (ERERIO).
Criado em 1955, o Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty destaca a importância e a contribuição da diplomacia para a formação da nacionalidade brasileira. O acervo é composto por mais de 5.500 itens, incluindo armaria, cerâmica e porcelana, desenhos, esculturas, fotografias, documentação, entre outras categorias. Entre os destaques está a coleção pertencente ao Barão do Rio Branco, Ministro das Relações Exteriores do Brasil de 1902 a 1912, que compreende objetos pessoais e obras de arte, a biblioteca e o arquivo pessoal do patrono da diplomacia brasileira.
A Mapoteca do Itamaraty abriga um dos mais importantes acervos da América Latina. Composto por mais de 30.000 itens, inclui mapas topográficos, cartas náuticas e hidrográficas, planos e plantas, abrangendo a história da cartografia ocidental desde o século XVI. Entre os destaques do acervo estão o Orbis Typus Universalis Tabula, mapa-múndi elaborado em 1512 em Veneza pelo navegador Jerônimo Marini, considerado o primeiro mapa em que aparece o nome “Brasil” para designar o território da então colônia portuguesa na América.
Já o acervo da Biblioteca Histórica do Itamaraty é estimado em mais de 70.000 itens, abrigando uma vasta coleção de obras raras. Por fim, o Arquivo Histórico tem sua origem em documentos da Secretaria dos Negócios Estrangeiros da Coroa Portuguesa, quando esta se transferiu para o Brasil, em 1808, contando com cerca de 2 mil metros lineares – é composto, principalmente, por documentos manuscritos e impressos em suporte de papel, datados de 1575 a 1959.
O projeto
Este projeto cultural tem o objetivo de fornecer todo o conhecimento necessário para a requalificação integral do complexo de edifícios e acervos do Palácio do Itamaraty, por meio do desenvolvimento de diagnósticos e projetos de restauração e modernização de instalações; da elaboração do projeto museológico e do programa de educação patrimonial; e, por fim, da criação de um plano diretor de conservação e gestão do local.
Selecionado através do Chamamento Público 1/2018 realizado pelo Ministério das Relações Exteriores, o Instituto Pedra firmou acordo de cooperação com o MRE visando a elaboração de projetos de preservação, conservação e divulgação do patrimônio histórico, artístico e documental do Palácio Itamaraty no Rio de Janeiro e dos acervos do Museu Histórico e Diplomático, da Biblioteca, da Mapoteca e do Arquivo Histórico do Ministério, mediante a captação de recursos por meio de programa de incentivo fiscal. O projeto conta com o patrocínio da Itaipu Binacional e apoio do BNDES.
Contratos e acordos