Sobre o Pavilhão
Projetado por Oscar Niemeyer nos anos 1950, o Pavilhão das Culturas Brasileiras é um importante exemplar da Arquitetura Moderna do país. Localizado no Parque Ibirapuera, foi construído para as comemorações do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo, em 1954, mas ainda em 1953 recebeu a II Bienal de São Paulo. O edifício é tombado pelo Conpresp, Condephaat e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e integra o sistema de equipamentos do Museu da Cidade, ligado à Secretaria Municipal de Cultura.
Na década de 1970, sob o nome de Engenheiro Armando de Arruda Pereira, o edifício tornouse sede da Prodam, empresa de tecnologia da Prefeitura de São Paulo, que o ocupou até 2006.
A partir de 2007, sob novo projeto conceitual de Adélia Borges, os aproximadamente 11 mil m² do pavilhão voltaram a ser utilizados para fins culturais, abrigando as coleções do Museu do Folclore Rossini Tavares de Lima e recebendo exposições relacionadas a práticas culturais tradicionais e contemporâneas do povo brasileiro. No entanto, a descaracterização e deterioração das instalações prejudicou esses propósitos, levando ao fechamento do edifício em 2012.
Projeto
A proposta do Instituto Pedra, nesse contexto, foi executar o projeto de intervenção realizado pelo escritório de Pedro Mendes da Rocha, e assim oferecer condições para a continuidade de atividades culturais, tanto para a exposição do acervo, quanto para exibições temporárias e outros eventos.
A partir de 2016, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, começou a gestão da obra de restauro e de adaptação do subsolo e do primeiro pavimento do pavilhão.
Obras de restauração e adaptação
Inicialmente, foram promovidas ações como limpeza, demolição e remoção de materiais obsoletos , principalmente as estruturas e equipamentos usados pela Prodam até 2006. Também foram realizadas adaptações para implantação do canteiro de obras, que funcionou no local em 2016 a 2017 e envolveu o trabalho de mais de 50 profissionais, entre arquitetos, mestres de obra, operários e técnicos.
Para a construção de novas estruturas, foram realizadas obras de fundação, vedos, impermeabilização, revisão do sistema de drenagem de águas pluviais; instalações elétricas e hidrossanitárias; sistema de ar condicionado; revisão de esquadrias metálicas, revestimentos, pisos e pintura
No subsolo e primeiro pavimento, seguindo o projeto de Pedro Mendes da Rocha e tendo em conta as demandas identificadas no Memorial Descritivo e no Mapeamento de Danos Arquitetônicos, foram realizadas intervenções e renovações na cobertura, calhas, condutores, platibandas, caixilhos, pilares externos; reparos e reforço na laje; execução de paredes em DryWall, construção de casas de máquina; atualização de sistema de iluminação natural; e renovação de SPDA (Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas).
No pavimento superior, destacam-se ainda a troca de piso, dada a deterioração em que se encontrava; a recuperação de pilares em concreto aparente; a restauração da fachada lateral, com a recomposição das empenas em pastilhas; a construção de novos acessos verticais, nova estrutura da reserva técnica, estrutura para novos elevadores; execução dos quatro blocos de sanitários, no térreo e no pavimento superior, e os vestiários no subsolo; por fim, a instalação de um novo sistema de segurança, com sinalização, instalação de fechaduras e barras anti-pânico e sistema de prevenção e combate a incêndio.
Viabilização do Projeto
Este projeto, realizado juntamente com a Prefeitura Municipal de São Paulo, também conta com apoio do Ministério da Cultura pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e patrocínio do BNDES.
Para ser um parceiro patrocinador, basta escrever para contato@institutopedra.org.br
Contratos e acordos
Contratos – Prefeitura de São Paulo
BNDES – Contrato de concessão de colaboração financeira não-reembolsável